

Da Apresentação
Desde que o Homem, com a sua criatividade, introduz alterações no ambiente em que se insere, podemos falar de riscos tecnológicos. Numa primeira fase, o risco tecnológico resultou do engenho humano aplicado a realidades cujo controlo, acidentalmente, lhe fugia: por exemplo, acender uma fogueira para se aquecer e provocar um incêndio de grandes dimensões; alterar o ciclo de culturas e gerar erosão do solo; fabricar carvão vegetal e conduzir ao desmatamento.
Numa segunda fase, após a revolução industrial, o risco tecnológico sofistica-se e prende-se com a introdução voluntária de equipamentos técnicos no meio que provocam profundas alterações dos processos naturais, dos componentes ambientais e de processos fisiológicos dos seres humanos, instalando a incerteza quanto ao seu funcionamento.
Quando se pensa em riscos tecnológicos, as primeiras imagens que se materializam são fugas em centrais nucleares, explosões em refinarias, derrames de petroleiros; porém, a epidemia do HIV que grassa no planeta desde os anos 1980, a paralisia do sistema de transporte aéreo provocada pela erupção do vulcão Eyjafjallajökull em 2010, o aquecimento global, são também exemplos de riscos daquele teor, embora de contornos mais difusos e de natureza mista, entrelaçando causas humanas e causas naturais.
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Índice
Introdução: Risco tecnológico, comunicação do risco e direito a saber
Carla Amado Gomes
Capítulo I: Riscos associados a medicamentos: a garantia da segurança
Aquilino Paulo Antunes
Capítulo II: Acidentes com operações de extracção de petróleo
João Verne Oliveira
Capítulo III: Crises alimentares: quando o direito e a ciência se cruzam
Maria Inês Gameiro
Capítulo IV: Acidentes nucleares
Miguel Sousa Ferro
Capítulo V: Poluição marinha por hidrocarbonetos: a resolução jurisdicional de conflitos envolvendo incidentes com petroleiros no Direito Internacional
Orlindo Francisco Borges
Capítulo VI: Actos de guerra contra a população civil: uma catástrofe tecnológica?
Rita Madeira
Capítulo VII: Acidentes industriais e outros regimes internacionais de prevenção, preparação e resposta
Rui Tavares Lanceiro
Capítulo VIII: "Memórias de um Átomo": nanotecnologia, percepção percepção do risco e regulação
Rute Saraiva
Capítulo IX: "Frankenorganismos": os organismos geneticamente modificados (OGM) no Direito Internacional, entre a precaução e o desenvolvimento sustentado
Rute Saraiva
Capítulo X: Saúde pública, direito penal e "novos riscos": um triângulo com lados desiguais
Susana Aires de Sousa
A AAFDL Editora nasceu no mundo académico com o propósito de servir o mundo jurídico no seu todo.
O sentido de crescimento da Editora tem vindo a ditar novas regras, porque nos dias que correm já não olhamos só para dentro da Faculdade onde estamos situados, mas também olhamos para fora.
Nos últimos anos tem havido o atento cuidado de expandir os horizontes na Editora, procurando a produção de obras científicas por mais autores que não só docentes, com a finalidade de que as nossas obras possam servir não só a alunos, mas também a advogados, solicitadores, autarquias e todos os outros agentes do mundo do Direito.
O nosso slogan: ‘’Há mais de 100 anos a editar o futuro’’, é característico daquilo que somos e representamos. Sabemos de onde vimos, sabemos onde estamos e sabemos para onde vamos!
Os Autores que escolhem a nossa Editora enquanto sua, escolhem-na porque veem nesta Editora a jovialidade que é característica, mas, para além disso, percebem o sentido de responsabilidade que existe entre todos aqueles que a dirigem.
Sempre estivemos situados na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e, parecendo que não, essa é uma grande vantagem que temos em relação a qualquer outra Editora. Este fator diferenciador permite-nos chegar mais facilmente aos autores e aos alunos e permite-nos, ainda, ter uma livraria principal na Faculdade de Direito de Lisboa.
Esta enorme rede de distribuição permite-nos chegar a uma rede alargada de Juristas.